Abaixo encontra-se a história desta guerreira que, constantemente, é objeto de estudo das aulas de história com o professor Aderaldo e de outras disciplinas da nossa Unidade Escolar. Confira!
QUEM FOI LUIZA MAHIN?
Falar de Luiza Mahin é falar da luta de um povo contra o racismo e a escravidão. Ela foi uma mulher negra africana que tem seu nome marcado na História do Brasil, como uma guerreira e combatente contra o regime de escravidão que existiu em sua época.
Segundo seu ilustre filho, o poeta e abolicionista Luiz Gama, Luiza Mahin teria nascido na África, na Costa da Mina – Nação Nagô – e pertencia a etnia jeje. Ela vem ao Brasil na condição de escrava tendo sido desembarcada em Salvador, na Bahia. Sua profissão quitandeira lhe oferecia uma gama de informações, em razão de seu contato permanente com a população local, o que contribuiu para fazer dela uma revolucionária histórica.
Com relação aos horrores da escravidão, o seu temperamento era o de uma criatura que não a aceitava de espécie alguma. Em função disso, Luiza Mahin envolveu-se em vários movimentos ocorridos em Salvador que tinham como objetivo o combate ao regime escravo. O mais ousado e sangrento deles, foi o episódio conhecido como a Revolta dos Malês, ocorrido em 1835, na cidade de Salvador. Ela esteve à frente dos revoltosos, e sua casa foi local de organização. A revolta foi brutalmente reprimida pelas autoridades, mesmo assim, Luiza Mahin conseguiu escapar e fugir para o Rio de Janeiro, onde também se envolvera em movimentos rebeldes, acabando por se deportada para a África, de onde nunca mais se teve notícia a seu respeito.
O QUE FOI A REVOLTA DOS MALÊS?
Na noite do dia 24 para 25 de janeiro de 1835, um grupo de escravos de origem africana ocupou as ruas de Salvador, Bahia, e durante mais de três horas enfrentou soldados e civis armados. Os organizadores do movimento eram “malês”, como eram conhecidos na Bahia da época os africanos muçulmanos, dentre eles Luiza Mahin.
Embora durasse pouco tempo, foi o levante de escravos urbanos mais sério ocorrido no continente americano. Centenas de africanos participaram, cerca de 70 morreram e mais de 500 foram presos e punidos depois com pena de morte.
A rebelião teve repercussão nacional. No Rio de Janeiro, capital do país na época, a notícia se espalhou assustando as autoridades.
• Texto adaptado dos livros: Quem é quem na negritude brasileira – Prof. Eduardo de Oliveira / Rebelião Escrava no Brasil – João José Reis.
MINHA MÃE
ERA MUI BELA E FORMOSA
ERA A MAIS LINDA PRETINHA
DA ADUSTA LÍBIA RAINHA
E NO BRASIL POBRE ESCRAVA!
OH, QUE SAUDADES QUE EU TENHO
DOS SEUS MIMOSOS CARINHOS
QUANDO COM OS TENROS FILHINHOS
ELA SORRINDO BRINCAVA
ÉRAMOS DOIS – SEUS CUIDADOS
SONHOS DE SUA ALMA BELA,
ELA A PALMEIRA SINGELA(...)
QUANDO O PRAZER ENTREABRIA
SEUS LÁBIOS DE ROXO LÍRIO,
ELA FINGIA O MARTÍRIO
NAS TREVAS DA SOLIDÃO.
OS ALVOS DENTES NEVADOS
DA LIBERDADE ERAM MUITOS
NO ROSTO A DOR DO AFLITO
NEGRA A COR DA ESCRAVIDÃO
OS OLHOS NEGROS, ALTIVOS,
DOIS ASTROS ERAM LUZENTES,
ERAM ESTRELAS CADENTES
POR CORPO HUMANO SUSTIDAS
FORAM ESPELHOS BRILHANTES
DA NOSSA VIDA PRIMEIRA,
FORAM A LUZ DERRADEIRA
DAS NOSSAS CRENÇAS PERDIDAS(...).
LUIZ GAMA.
Em tempo: A foto foi tirada da internet no endereço:
http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://africaeafricanidades.files.wordpress.com/2008/02/luiza.jpg&imgrefurl=http://africaeafricanidades.wordpress.com/entrevistas/personalidades/&usg=___-Rl2jrYw06zLDEGyB27v29NNFY=&h=179&w=150&sz=10&hl=pt-BR&start=2&um=1&tbnid=dnt1sfx1szhNhM:&tbnh=101&tbnw=85&prev=/images%3Fq%3Dfoto%2Bda%2Bluiza%2Bmahin%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26sa%3DX%26um%3D1
É muito bom que as jovens tenham acesso à historia de Luiza Mahin. Poucos sabem quem foi e da importancia de sua luta pela dignidade e respeito à liberdade dos negros traficados para nosso país. Excelente informação... podiam postar mais alguma coisa sobre ela... será que conseguimos??????
ResponderExcluirProfª Meire (1º ano)